Irã lança ataque de mísseis contra Tel Aviv em resposta a ofensiva israelense

Tel Aviv, 13 de junho de 2025 — O Irã lançou, na noite desta quinta-feira, uma ofensiva militar de larga escala contra Israel, disparando dezenas de mísseis balísticos em direção a Tel Aviv, Jerusalém e outras áreas centrais do país. Esta foi a mais grave escalada militar entre os dois países nas últimas décadas e representa um novo patamar no conflito entre Teerã e Jerusalém.

A ofensiva iraniana

Segundo o Exército israelense (IDF), o ataque ocorreu em duas ondas distintas, totalizando menos de 100 mísseis disparados do território iraniano e de aliados da região, como milícias apoiadas por Teerã na Síria e no Iraque. Muitos desses mísseis foram interceptados com sucesso pelo sistema de defesa antiaérea israelense, o Iron Dome, que opera com suporte logístico e tecnológico dos Estados Unidos.

Apesar da eficácia do sistema defensivo, algumas ogivas conseguiram atravessar a barreira de proteção e atingiram bairros civis em Tel Aviv, resultando em 34 feridos, dos quais 8 estão em estado grave, segundo informações do serviço de emergência israelense Magen David Adom. Os ataques também causaram danos a prédios residenciais, escolas e uma estação de trem foi temporariamente fechada por precaução.

Motivo do ataque

O governo iraniano assumiu a responsabilidade pela ação e declarou que se tratava de uma resposta direta aos ataques israelenses ocorridos mais cedo no mesmo dia, quando forças israelenses bombardearam instalações nucleares no Irã, incluindo os complexos de Natanz, Fordo e Isfahan. As ações israelenses teriam resultado na morte de pelo menos três generais da Guarda Revolucionária Iraniana: Mohammad Bagheri, Hossein Salami e Amir Ali Hajizadeh.

O líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, fez um pronunciamento televisionado poucas horas após o lançamento dos mísseis, no qual afirmou:

“A agressão sionista será punida. Esta não será a última resposta da República Islâmica. Eles mexeram com os alicerces de nossa soberania e agora conhecerão as consequências.”

Resposta de Israel

O governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, classificou o ataque iraniano como um “ato de guerra direto e sem precedentes” e convocou reunião de emergência do gabinete de segurança. Reservistas foram mobilizados, fronteiras com Líbano e Síria foram reforçadas e as forças armadas colocadas em estado de alerta total.

Em comunicado oficial, Netanyahu declarou:

“Israel não procurou esta guerra, mas responderá com toda a força necessária. Quem nos atacar, será atacado com intensidade ainda maior.”

Reações internacionais

A escalada do conflito gerou forte repercussão global. Os Estados Unidos, por meio do presidente Donald Trump, condenaram o ataque iraniano e expressaram total apoio a Israel.

“O Irã cruzou uma linha vermelha. Nossa aliança com Israel é inquebrável, e estamos prontos para defendê-la”, afirmou Trump.

A União Europeia e a ONU fizeram apelos urgentes por cessar-fogo imediato, enquanto o Conselho de Segurança das Nações Unidas foi convocado para uma sessão extraordinária a pedido do Irã, que acusou Israel de atos de agressão prévia.

Clima nas ruas

Em Tel Aviv, a população viveu momentos de pânico. Sirenes de alerta antiaéreo soaram durante toda a noite, e milhares de pessoas correram para abrigos subterrâneos. Escolas e repartições públicas foram fechadas nesta sexta-feira, e o espaço aéreo israelense foi temporariamente fechado.

“Parecia o fim do mundo. As explosões foram muito próximas. Nunca senti tanto medo”, disse Leora Ben-Haim, moradora de um bairro no norte da cidade.

Limitações do Iron Dome reveladas

O sistema Iron Dome foi projetado para interceptar mísseis de curto alcance e foguetes em trajetórias previsíveis. Com um índice de sucesso superior a 90% em situações convencionais, ele já provou sua eficiência em confrontos com o Hamas e o Hezbollah ao longo dos anos. No entanto, durante o ataque iraniano, as limitações do sistema foram colocadas à prova:

  • Velocidade e sofisticação dos mísseis iranianos: Os mísseis balísticos utilizados pelo Irã eram mais rápidos e com trajetórias menos previsíveis do que os foguetes comuns lançados por grupos em Gaza.

  • Uso coordenado de drones e mísseis balísticos: Isso aumentou a complexidade da defesa, obrigando os operadores do sistema a tomar decisões rápidas e difíceis sobre quais ameaças priorizar.

  • Saturação do espaço aéreo: A quantidade de alvos lançados simultaneamente superou a capacidade máxima de resposta de baterias do Iron Dome em algumas regiões, especialmente no centro do país.

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